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Nancy Ohara

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A paulistana Nancy Ohara, 23, nunca perdeu muito tempo pensando no que queria fazer da vida, mas sempre soube o que queria para cada momento que viveu até então. Talvez por isso, deixou as coisas acontecerem sozinhas, e até hoje faz assim. "Me jogo no momento, este e o plano!", diz.

A paulistana é amante das experiências mais arriscadas, as que dão frio na barriga mesmo. Já pulou de para-quedas, fez rapel, passou dois dias escalando o Pico da Agulha Negra, já foi pra debaixo de cavernas totalmente imersas por água em Petar, no sul do Estado de São Paulo. Aventura pouca pra ela é pura bobagem e perda de tempo. 

Batemos um papo com a garota corajosa, que entregou: tem planos pra passar uma temporada no Havaí.

Qual a sua formação? Estudou onde?
Acabei de concluir o curso de Administração da Anhembi Morumbi. Estudei no Dante Alighieri, até ser convidada a sair [risos] e ir para o St. Hilaire no penúltimo ano.

E o que você sonhava em ser quando crescesse?
Nunca pensei muito em o que queria ser, penso somente no que eu quero agora. Mas meus sonhos sempre tiveram a ver com arte e expressão ou esporte, nada tradicional, então tenho o sonho de ser cantora, jogadora de futebol ou qualquer esporte. Mas enfim, o que quero mesmo é fazer algo que goste e bem feito.

Você é da geração fitness ou é mais desencanada?
Não sou encanada, mas adoro me cuidar. Sou vaidosa, me sinto bem quando estou bem. Então me cuidar, fazer exercícios são cuidados que tenho para minha mente e consequentemente resultam no meu corpo. Não sou de academia, corro todo dia logo que acordo e procuro me manter na ativa durante o dia, seja onde eu estiver.

Soube que você adora esportes com adrenalina. Qual a maior aventura pela qual você já passou?
Já pulei de para-quedas, fiz rapel, já passei dois dias escalando o pico das Agulhas Negras com minha família, já explorei cavernas totalmente imersa por água, no Petar. A adrenalina é meu combustível! Em tudo que faço, precisa ter uma pitada dessa sensação, de intensidade. A maior aventura é viver a todo momento com vontade, curiosidade e sede de sentir todas as emoções e sentimentos possíveis. Foi amar todas as vezes que amei, do jeito que amei, foi a de fazer tudo o que sempre tive vontade sem me importar com barreira nenhuma, preconceito algum e opinião formada.

Por falar em amor, você já amou alguém intensamente?
Já, todas as vezes que namorei. Nunca fiquei com alguém sem ser pra amar demais e intensamente. É o mais gostoso de tudo.

"Nunca fiquei com alguém sem ser pra amar demais e intensamente"

O que a faz rir? Você é brincalhona ou faz o tipo séria, fechadona?
Sou brincalhona, amo rir, se pudesse viveria toda hora rindo muito e de tudo. Não sou de pregar peças ou fazer molecagens com os outros, mas adoro fazer as pessoas rirem.

E o que a faz chorar?
Não sou de chorar muito, ainda mais na frente de alguém. Já tentei chorar varias vezes mas não tenho paciência, tenho preguiça de ficar cultivando a tristeza por muito tempo. A ultima vez que chorei foi por amor e também porque crescer dói pra c* [risos].

O que pretende fazer no Havaí? Vai ficar quanto tempo?
Estou indo para São Francisco agora e depois irei pro Havaí, vou fazer um intercâmbio para estudar.

O que São Paulo tem de melhor o que o tem de pior?
Adoro São Paulo, nasci aqui. Mas acho uma cidade um pouco individual, é muita correria para ser alguém e ter dinheiro e as pessoas se esquecem do que realmente faz bem.


Para todos

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Luiz Machado/Machado Imagens

Primeira edição do evento

Primeira edição do evento


Em sua segunda edição, evento reúne aulas de surf, cinema de praia e mostra de fotos em circuito gratuito pelo litoral paulista

No mês de julho, o litoral de São Paulo recebe um circuito de atrações gratuitas para quem curte surf. Com aulas para iniciantes, mostra fotográfica e de cinema, a segunda edição do evento Surf e praia pra todos vai percorrer as principais praias paulistas, totalizando dez cidades litorâneas. Começando no fim de semana dos dias 13 e 14 de julho, em Itanhaém, passa por Bertioga e Caraguatatuba. As próximas paradas são em Praia Grande e São Sebastião (20 e 21 de julho), Santos e São Vicente (27 e 28 de julho).

O público terá à disposição pranchas e professores especializados que irão orientar sobre os vários modelos de softboards (para aprendizado) e acessórios para a prática esportiva. A exposição fotográfica, que tem curadoria do jornalista Adriano Vasconcellos, mostra o surf dos anos 60 em lugares que eram secrets spots, como as solitárias ondas da África do Sul. The Endless Summer, filme clássico do diretor Bruce Brown, vai ser exibido na mostra de cinema livre, acompanhado por outra exposição de fotos com o mesmo conceito.

Para participar, é necessário ser maior de 18 anos e preencher ficha no local, apresentando o RG.

O evento é realizado graças a Lei Paulista de Incentivo ao Esporte; da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude; do Governo de São Paulo.

Vai lá: Surf e praia para todos - 2ª edição

Dias 13 e 14/07
Itanhaém (praia do Sonho)
Av. Vicente de Carvalho, s/n

Bertioga (Enseada)
Av. Tomé de Souza, s/n; pista de skate

Caraguatatuba (Praia Indaiá)
Av. Geraldo Nogueira da Silva, nº 29; Quiosque 29

Dias 20 e 21/07
Praia Grande (Cidade Ocian)
Av. Castelo Branco, s/n; Quiosque 63

São Sebastião (praia de Guaecá)
Rua Humberto Alencar Castelo Branco, portão 1; altura do nº 105

Dias 27 e 28/07
Santos (praia do Canal 1)
Av. Presidente Wilson, s/n; Canal 1

São Vicente (praia de Itararé)
Alameda Paulo Gonçalves, nº61; Ilha Porchat Clube

Aulas de surf
Sábados e domingos de julho
4 aulas por dia; com duração de 1hora cada aula
Horários: 9h / 11h / 15h / 17h
Site: www.surfepraiaparatodos.com.br

Arte e psiquê

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A série Arte de los enfermos mentales foi apresentada em Miami pela Naemi, uma organização internacional dedicada à descoberta, promoção e exibição de trabalhos de artistas com doenças mentais. Os desenhos foram feitos de uma forma muito intimista, mostrando sentimentos de cada um dos pacientes através da arte. Esse trabalho mostra muito de que a melhor arte muitas vezes parece vir de uma mente profundamente perturbada. A missão da Naemi é reduzir o estigma associado com deficiência mental por descobrir, estudar, promover, expor e preservar a arte de artistas com deficiência mental.

Para conhecer e entender mais sobre a organização e as obras de cada artista veja a galeria de fotos e acesse o link abaixo.

Vai lá: www.naemi.org // www.facebook.com/NaemiArt

* Guilherme Farina é estudante de Publicidade e Propaganda e escreve sobre artes para o blog BLCKDMNDS

Vazio tropical

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Cícero, Wado, Camelo e Momo

Cícero, Wado, Camelo e Momo

O cantor Wado tem show marcado dia 18 de julho para lançar o seu novo CD, Vazio Tropical, sétimo trabalho dos 12 anos de carreira do cantor. A apresentação, que acontece no Sesc Pompeia, em São Paulo, tem ainda participações dos cantores Marcelo Camelo e Cícero, e do compositor Momo. Camelo produziu o álbum e vai cantar e tocar em mais de uma canção. Assim como Cícero, que também participou da gravação.

 Capa do disco

Em uma palestra que aconteceu em Salvador, Wado e o produtor Alexandre Kassin – responsável por trabalhos com Los Hermanos e Vanessa da Mata – filosofavam sobre a cena musical em que estavam inseridos e o cantor soltou que só teria paciência para gravar um novo disco se fosse minimalista, no melhor estilo voz e violão. O motivo era o aperto para produzir um disco com orçamento baixo e também o fato de ter menos trabalho depois de tantos outros projetos já concretizados. “Vamos fazer lá em casa, Wado”, foi o que disse Kassin e o pontapé inicial para levar a ideia a diante.

"No verão deste ano trabalhei por três meses junto com meu compadre Fred Ferreira na produção do Vazio Tropical, do Wado. Foi um trabalho intenso, feito a distância, mas com muito amor porque Wado é pra muitos de nós o compositor mais importante da nossa geração", disse Camelo em seu Facebook oficial.

Além da produção de Camelo, Vazio Tropical foi masterizado por Felipe Tichauer, que já trabalhou em discos de Stevie Wonder. Outras participações especiais: Mallu Magalhães, Fred Ferreira (baterista do Buraka Som Sistema e Orelha Negra) e Gonzalo Denniz. 

Vai lá: Wado – Show de lançamento do CD “Vazio Tropical”
com Marcelo Camelo, Momo e Cícero
Onde? Sesc Pompeia
Quando? 18 de julho às 21h30
Quanto? R$ 4 a R$ 16
Censura 18 anos
www.facebook.com/wadooficial

Ouça o disco na íntegra no YouTube:

Cosplay musical

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O fotógrafo James Mollison registrou o fanatismo de alguns fãs norte-americanos que ficam na fila de shows. O projeto "The Disciples" demorou três anos para ser concluído e reuniu cerca de 500 participantes que fazem praticamente um cosplay de seus ídolos.

Nascido no Quênia e criado na Inglaterra, o fotógrafo é conhecido pela série “Where Children Sleep” (Onde as crianças dormem), que virou livro este ano.

Veja uma amostra desse trabalho na galeria de fotos e a série completa em seu site abaixo.

Consegue identificar o ídolo homenageado pelos fãs em cada foto? Escreva nos comentários.

Vai lá: www.jamesmollison.com/project_disciples.php

Quem deu o nome?

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Teodoro Sampaio, Benedito Calixto, Henrique Schaumann, Hadoock Lobo e tantos outros nomes que vemos nas ruas de São Paulo todos os dias. Você já parou pra tentar descobrir quem foram esses caras? Danilo Dualiby e Marcos Rodrigues, junto com o coletivo Los Cabras, sim, e por isso criaram a ação Street Code - WHO THE FUCK IS?

Espalhando adesivos com QR Codes pelas ruas da cidade, eles permitem que as pessoas possam se conectar com o celular e receber, ali e na hora, uma explicação do site Wikipédia sobre o fulano de tal que dá nome àquela rua que você costuma passar frequentemente.

Como surgiu a ideia de ir atrás de quem são os nomes nas placas? 
Marcos: A ideia surgiu há mais ou menos dois meses, quando eu e o Danilo estávamos voltando de uma reunião do trabalho pela Avenida Paulista e passamos por um desses nomes bem estranhos que passamos todos os dias sem nos dar conta. Se eu não me engano foi Haddok Lobo. O projeto saiu da conversa que tivemos sobre como não tínhamos a mínima ideia de quem foram esses caras. A criação foi minha e do Danilo Dualiby. O coletivo Los Cabras filmou toda a ação conosco e fez uma produção impecável. Se não fosse por eles, a ideia não seria nem metade do que é. Nós (Danilo e Marcos) não fazemos parte do coletivo.

A ação acontece em algum bairro específico da cidade ou pretende se expandir por outras regiões também? Marcos: Focamos mais na zona oeste porque era mais fácil para a gente, mas queremos sim expandir. Seria muito legal se as pessoas começassem a fazer isso em suas ruas. Só nós dois fica difícil e o custo dos adesivos é meio caro.

Há quanto tempo surgiu e quantas pessoas integram o coletivo Los Cabras? Antonio: O coletivo tem 5 meses, é novo, e tudo vem acontecendo rápido. Está sendo muito bacana e produtivo. Somos em 3 amigos, trabalhamos juntos durante uma época, mas depois de um tempo nos reencontramos e decidimos montar o coletivo para fazer trabalhos paralelos.

Na última edição da Trip, especial São Paulo, temos uma reportagem sobre os Novos Paulistanos, sobre pessoas de fora que adotaram a cidade. Todos do Coletivo Los Cabras são de São Paulo? Todos residem em São Paulo, só o Antonio que é cearense, mas mora em São Paulo desde os 4 anos.

Descubra em um poste perto de você: 

Street Code from Los Cabras on Vimeo.

Manual de sobrevivência dos tímidos

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Bruno Maron

O desenho de Bruno, feito exclusivamente pra gente

O desenho de Bruno, feito exclusivamente pra gente

Divulgação

Capa do livro

Capa do livro

No próximo sábado, 20 de julho, acontece na cidade de São Paulo o lançamento do Manual de Sobrevivência dos Tímidos. Escrito e ilustrado pelo quadrinista carioca Bruno Maron, a obra traz uma visão ácida e humorada do cotidiano de quem sofre de timidez.  

A ideia de produzir o livro veio de uma situação vivida pelo autor há doze anos, "Estava em uma mesa de um bar, com dois amigos. Nós três demos conta que éramos tímidos (cada um do seu jeito) e começamos a falar na criação de um manual. Só que ninguém teve coragem de pedir uma caneta pro garçom - a timidez falou mais alto". Bruno ironizou a ocasião através de um desenho feito especialmente pra Trip [ilustração acima]

João Varella, cocriador da Lote 42, a editora por trás da publicação, conta o que chamou mais atenção no trabalho do quadrinista: "Minha curiosidade foi capturada em um primeiro momento pela troca de estilo que ele faz sem dificuldade nenhuma. Eu acompanhava o trabalho do Bruno como leitor da Folha de S. Paulo e do blog Dinâmica de Bruto. Quando eu vi o traço 'clean' do Manual, percebi que o Bruno felizmente não deixava de ser o Bruno verborrágico e gritão das tirinhas. Não sei como as pessoas vão reagir após ler o livro, mas já assumi que ao ver um semi-conhecido na rua eu fujo dele". 


Vai lá:
lançamento do livro Manual de Sobrevivência dos Tímidos
Onde? Rua Bahia, 1282 - São Paulo, SP
Quando? 20 de julho
 
Quanto? Entrada gratuita 
Pra comprar online: http://lote42.tanlup.com
http://dinamicadebruto.wordpress.com 

Assange na telona

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Reprodução

The Fifth Estate

The Fifth Estate

Em uma personificação impressionante, o ator britânico Benedict Cumberbatch mostra sua interpretação do Julian Assange no primeiro trailer de The Fifth Estate (O quinto estado), filme que leva às telas a história do ativista australiano e da criação do Wikileaks. A obra estreia dia 11 de outubro nos Estados Unidos, ainda sem data confirmada no Brasil.

O roteiro  é uma adaptação de dois livros, - WikiLeaks: My Time With Julian Assange At The World's Most Dangerous Website, de Daniel Domscheit-Berg, e WikiLeaks: Inside Julian Assange's War On Secrecy, de David Leigh. O enredo mostra a relação de Assange com Domscheit-Berg (interpretado por Daniel Brühl, de Edukators e Adeus, Lênin), a criação do Wikileaks e de como o site virou um calo no pé de vários governos. Dirigido por Bill Condon (Kinsey, Dreamgirls, Deuses e Monstros), o texto é de Josh Singer, roteirista da série Fringe.

Benedict Cumberbatch ganhou notoriedade com a nova versão para a TV de Sherlock Holmes. Atualmente ele pode ser visto no mais recente filme da saga Star Trek.

O Assange real já contou sua história na Trip edição #199, especial Controle. Ele recebeu a nossa equipe na casa onde estava em prisão domiciliar em Norfolk, Inglaterra. Você pode ler a entrevista na íntegra clicando aqui.

Atualização: Depois da divulgação do trailer, o Wikileaks se manifestou no Twitter sobre o filme: "O trailer de The Fifth Estate foi lançado. Não seja enganado. [o filme] Dá a entender que demos armas nucleares ao Irã que mataram 2.000 pessoas"

Veja o trailer:

Vai lá: www.facebook.com/TheFifthEstateMovie


Caco Pontes

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Grandes doses de humor ácido e críticas à sociedade e ao jornalismo são as bases do novo trabalho de Caco Pontes, o livro Sensacionalíssimo. Aos 31 anos, o poeta aposta em micronarrativas comuns do cotidiano urbano que acabam nos noticiários e na boca do povo – uma morte por atropelamento que atrapalha o trânsito, personagens da cidade como vigaristas, prostitutas e mendigos – para criar versos que fazem refletir sobre a sociedade contemporânea.

A Trip bateu um papo com o poeta e, além de respostas, vieram versos.

Trip: Qual a sua história com a poesia?
Caco: Vejo a poesia como um estado de espírito, manifestação que atravessa e orienta todas as correntes artísticas, par'além da literatura, então, nesse sentido, desde garoto me vi iniciando tal busca, bem provável que tenha sido a partir dos oito anos de idade, primeiramente através da expressão cênica, teatral e, desde sempre interessado por cinema, música, quadrinhos, mas conscientemente me percebi construindo versos, fazendo poemas, por volta dos dezoito, numa fase de pouca perspectiva de vida, especialmente para se dedicar a uma carreira artística - que sempre foi o principal objetivo - e eis que me veio essa vertente como forma de expurgar, superar, encarar as adversidades, num processo solitário e intenso, passando mais tarde a se tornar meu trabalho, dando vazão de forma coletiva.

vivendo a poesia/ como se fosse ofício/ fazendo da notícia, verso/ tentando matar o tempo/ e ele, vice-versa

Que mensagem você queria passar quando produzia Sensacionalíssimo?
O processo começou em 2009, eu havia publicado meu livro anterior em 2008 (O incrível acordo entre o silêncio & o alter ego) e, geralmente, a tendência é partir pro próximo livro a fim de libertar tudo que se carregou até a edição anterior. Daí, fui convidado a participar de uma coleção de livretos artesanais xerocados, intitulada Peri go, que propunha a produção de "literatura descartável", projeto idealizado pelos poetas Giovani Baffô, Heyk Pimenta e Bruno Cordeiro. Me ocorreu criar algo que fosse rápido, impactante, popular e que chegasse a qualquer público, independente da classe social e, numa tacada só, brotaram uns onze poemanchetes sensacionalistas, pra dialogar diretamente co povão e até mesmo co'os intelectos, dando continuidade a minha busca em aliar experimentalismo ao entendimento comum. Sou muito grato às críticas construtivas, mas fico satisfeito com o resultado, ver o alcance que está tendo e percebo que posso me arriscar e não ficar preso às tendências do metier, prestar contas e ter de ser sempre o melhor, corresponder à expectativa de promessa da poesia contemporânea... Prezo pela liberdade, como diz o poeta Zizo no filme A Febre do Rato, do Cláudio Assis:

a poesia racha/ a poesia cresce/ a poesia borra/ a poesia suja... o direito de errar!

São versos que, a meu ver, parecem cutucar o leitor, "jogar umas verdades na cara"...
A poesia, em sua essência, tem por natureza o espírito provocador, anárquico, selvagem, porém trans-lúcido. De certa forma carrega uma maldição, que no decorrer da sua trajetória, o receptor (poeta), precisa entender e alquimizar para manter certo equilíbrio, pois, a tendência é a insanidade, que acaba refletindo esse aspecto do tapa na cara, na própria inclusive, daí pra lançar ao alheio é um passo, apenas. E, felizmente, ainda é um caminho de aceitação da auto-crítica e deboche por parte do espectador, como no humor, que ganha pelo riso, entretenimento, mas no caso da poesia ainda há uma romantização do segmento - apesar da marginalização inerente à mesma - se alimenta um certo mito em torno do mensageiro, que enquanto entidade mundana abre os portais de comunicação com o plano superior, possui a chave, mas não perde a chance de zombar, subverter, rebelar, o poeta incomoda agradando, agrada incomodando, parece existir aí uma relação bem forte com as polaridades, seja bi, tri ou trans.

Além de dar uma cara de cotidiano, a brincadeira com as manchetes de jornal funciona como uma crítica ao jornalismo, também?
Certamente. Acho bem curioso o fato de existirem excelentes jornalistas, que marcaram época, atuando num momento em que não existia faculdade de jornalismo e que após o surgimento de tal formação superior, aliado à necessidade de rapidez e pouco aprofundamento nos conteúdos a serem informados, reflete um emburrecimento no setor, além de manipulação e falta de ética no tratamento com as notícias, por parte dos grandes veículos. Optei por fazer referência ao que já nasce assumidamente absurdo e exagerado, como fez o tablóide Notícias Populares, sem falar na genialidade d'O Pasquim, ou mesmo o Jornalismo Gonzo, de Hunter Thompson. Foi um privilégio ter o apoio de figuras como Glauco Mattoso, Hugo Possolo, Kiko Dinucci, Ademir Assunção e Georgette Fadel, além da orelha do Xico Sá e prefácio do Marcelino Freire, todos devidamente antenados com a proposta lançada na roda, desconstruindo a abordagem para a qual foram requisitados.

Você fez as colagens de jornal à mão? Se sim, usou manchetes de verdade, inventou algumas, como foi?
Sim, rolou uma imersão nos recortes, que apesar da tentativa de ser aleatório, ficou difícil escapar às notícias que poderiam ser reconstituídas, criando novos sentidos, ou a total falta deles, gerando o antagonismo e a oposição. Nesse processo foi sendo criada uma interatividade, hipertexto, chegando num misto orgânico entre o clássico e o contemporâneo. O diagramador do livro, Victor Meira, foi bem parceiro na composição, captou perfeitamente minhas sugestões, fez ótimas proposições, montagens, bem como o ilustrador Romulo Alexis, ambos artistas visuais de mão cheia, e, então chegamos num trabalho de equipe bem entrosado, satisfatório, é um dos livros mais bonitos em termos de projeto gráfico na atualidade. Não sou eu quem fala, é o povo que diz [risos].

Você que pensou e fez a arte do livro?
Toda a concepção editorial foi minha, do formato ao papel. Aprendi a ser editor na guerrilha, com a Poesia Maloqueirista, após anos produzindo meus livretos, a Revista Não Funciona, além de meu livro anterior. A coisa vai amadurecendo com o tempo, ganhando mais autonomia... Achei que seria bacana se aproximar do formato de tabloides. Cada sessão tem um espírito, divididas como nos cadernos de jornal, então optei por criar uma grafia pra cada qual, por exemplo na Páginas Policiáveis, adotei letras recortadas de revistas, como aquelas cartas de sequestrador; em (Des)Classificados, bati à maquina de escrever; e em Perifericults & Analogicools, uma tentativa tosca de letras de pixação... Até pensei em chamar algum "pixador profissional", mas acabei fazendo eu mesmo, claro que alguns camaradas que são mais peritos acharam uma merda, mas tá valendo, é bacana poder desagradar até mesmo os que desagradam...

Cada página do livro traz uma mini narrativa, um pequeno mote que poderia se transformar até em crônica... Seus versos têm um pouco cara de crônica. Você tinha essa intenção?
Eu venho da escola da oralidade, comecei no teatro, levei essa característica pro trabalho na poesia, performance, onde pude fazer a fusão, descobrir a intervenção urbana e tals... Já arrisquei escrever em outros formatos, dramaturgia por exemplo, mas ainda sinto mais confiança no verso, então quando arrisco experienciar outros formatos sempre é uma derivação do poema, neste caso, acabei misturando com a micronarrativa, que chega a flertar diretamente com a crônica. E como o formato dos textos são manchetes, ficou inevitável entrar nesse lugar. Há um tempo cheguei a ler o Stanislau Ponte Preta com as Crônicas da Tia Zulmira, que explora algo bem similar... E este trabalho que desenvolvi me remete também um pouco ao poema-piada, que foi bastante difundido pelos poetas marginais, como os da Geração Mimeógrafo; de alguma forma devem ficar resquícios no inconsciente coletivo, universalmente a história da literatura se confunde com mitos recriados, eu não busquei em nenhuma fonte específica a influência, na real até prefiro me distanciar pra não reproduzir meramente, sem ao menos tentar reinventar, mas considerando que a formação do autor se dá por leituras e absorção de conteúdos variados, muita coisa fica no limiar do pensamento criativo.

Sensacionalíssimo tem humor ácido do começo ao fim. Qual você acha que é o papel do humor na arte e na discussão da realidade?
O humor é como o amor, algo universal, tem abordagem em muitos aspectos e pontos de vista, social, cultural, espiritual. Penso que existem muitas possibilidades por esta via, inclusive a banalização, um tanto de superficialidade, dividindo opiniões, criando patrulhas ideológicas e contraposições entre o que seria ético ou reduzido ao politicamente correto. Tenho aprendido que o mais importante é não se levar tão a sério assim. Parece um caminho ligado a uma espécie de sabedoria. E por aí, vou tentando ir. Não sou humorista, mas tenho senso de humor, ora falta dele, sou humano, afinal.

Róliudi

humoristas
geralmente são mal humorados
para ser um bom ator de cinema
basta fazer cara de Colin Farrel
no Miami Vice
e há quem diga que o seu cachê já está milionário
melhor do que se tornar apresentador de TV
estigmatizado
a legitimidade se deve ao ato
para o alto e avante
parei na contramão
como o Roberto Carlos
mas não sou rei, apenas don
e atualmente tento
um aumento de salário.

Vai lá: Sensacionalíssimo
Autor: Caco Pontes
70 páginas
Preço: R$ 25
Editora: Kazuá
www.cacopontes.net
www.editorakazua.com.br

Imagens latinas

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A América Latina social, cultural e artística passa pelas nove décadas de fotografias da região registradas na mostra Fotolivros latino-americanos, em cartaz a partir de hoje na sede paulistana do Instituto Moreira Salles. De 2008 a 2011, os curadores pesquisaram os arquivos de onze países e chegaram a 50 publicações, com imagens de fotógrafos como Boris Kossoy, Claudia Andujar, Miguel Rio Branco e Horacio Coppola.

As cem imagens selecionadas para a exposição estão divididas em seis categorias: história e propaganda; fotografia urbana; ensaios fotográficos; fotolivros de artista; literatura e fotografia; e fotolivros contemporâneos.

Vai lá: Fotolivros latino-americanos – Instituto Moreira Salles, r. Piauí, 844, Higienópolis, São Paulo, SP, (11) 3825-2560, www.ims.com.br. Até 20/10, grátis

É arte, é de papel

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Nem só na internet e nos dispositivos de leitura eletrônica está a última fronteira do universo livresco. Pelo contrário: ele também está nas mãos de editoras e coletivos que encaram o livro (físico) como obra de arte.Neste final de semana (27 e 28), a Feira de Arte Impressa Tijuana reúne a produção de mais de sessenta desses exploradores do papel, em exposição gratuita na Casa do Povo. Será a quinta edição do evento que começou em 2007 na Galeria Vermelho para dar visibilidade a projetos editoriais que, até então, não se encaixavam no grande mercado.

Hoje a feira traz grandes casas – como a Cosac Naify e o Instituto Moreira Salles – ao lado dos independentes Dulcineia Catadora (coletivo parceiro do Movimento Nacional dos Catadores de Reciclagem que confecciona livros com papelão), A Bolha Editora, Lote e Amarello. Ah, tem também convidados gringos (a Kitschic de Barcelona e a La Ene, de Buenos Aires). O evento também oferece oficinas de encadernação e serigrafia.

A programação completa você encontra no site e no Facebook do Tijuana. 

Vai lá: 5ª Feira de Arte Impressa Tijuana – Casa do Povo, r Três Rios, 252, Bom Retiro, São Paulo, SP, grátis

Os 99 problemas de Jay Z

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Até os ricos e bem sucedidos artistas tem problemas. Inspirado pela música 99 Problems do rapper Jay Z, onde ele canta “I got 99 problems but a bitch ain’t one“, o artista Ali Graham criou essa série de ilustrações do maior astro do hip hop e seus possíveis perrengues.

Com base nas letras de suas músicas, e algumas vezes criando um duplo sentido das palavras, ou coisas do cotidiano, Ali desenha de forma cômica os problemas de Mr. Carter. As ilustrações estão sendo vendidas pelo artista em edições limitadas por 19.99 dólares. A série está em andamento até chegar nos 99.

Pra quem quiser acompanhar todo o trabalho do ilustrador siga seu Tumblr.

Vai lá: http://probs99.tumblr.com

* Felipe Pereira é designer gráfico e escreve sobre artes para o blog BLCKDMNDS

Robert Capa

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Aventura, fama, mulheres, boemia, talento e, mais do que tudo, coragem. Essas são as palavras de ordem da vida de Robert Capa, contada no livro Sangue e Champanhe pelo jornalista Alex Kershaw, colaborador do Guardian e da Sunday Times Magazine. Considerado o mais importante fotógrafo de guerra de todos os tempos, Capa cobriu cinco guerras, colocando sua vida em risco inúmeras vezes para conseguir o melhor click.

"Ele fez a carreira dele jogando com a própria vida até que a sorte escapou [Capa morreu cobrindo a guerra na Indochina]", diz o autor, que entrevistou amigos e pessoas do convívio de Capa e fuçou arquivos secretos dos governos soviético e americano para reconstituir a vida do fotojornalista. "É uma história romântica e cheia de altos e baixos de um artista que viu de perto o melhor e o pior da humanidade no último século." 

Vai lá: Sangue e Champanhe
Autor: Alex Kershaw
350 páginas
Preço: R$ 42,90
Editora: Record
www.record.com.br

Arte ambulante

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Uma galeria de arte ambulante. Essa é a proposta do projeto Walking Gallery, que surgiu em Barcelona no ano de 2009, a partir da ideia do artista catalão José Puig, e veio para o Brasil em 2012. Londres, Buenos Aires, Bilbao, Madri estão na lista de lugares por onde o projeto já passou.

Neste fim de semana São Paulo recebe a nona edição do movimento, que tem como trajeto o bairro da Liberdade, partindo da feirinha oriental típica que acontece aos domingos e seguindo, de metrô, para a festa julina do Minhocão (caso esteja chovendo, o percurso se limitará ao metrô). Rio de Janeiro e Porto Alegre são outras cidades brasileiras que receberão edições ainda este ano.

Quer levar a sua obra de arte pra passear com os outros artistas pelas ruas de São Paulo? Todos os artistas visuais e fotógrafos estão convidados e o ponto de encontro é na Avenida Liberdade, 87, às 14h30 pontualmente. Agora, se você quiser apenas ver de perto a exposição e terminar o domingo se despedindo de julho com uma festa julina também pode.

Vai lá: Walking Gallery
Quando: 28 de julho, às 14h30 (saída prevista para 15h15)
Onde: Avenida Liberdade, 87
www.walkinggallery.com

Festa Julina no Minhocão
Quando: 28 de julho, a partir do meio dia
Onde: Elevado Presidente Costa e Silva - Estações de metrô Santa Cecília ou Marechal Deodoro

Veja na galeria alguns dos lugares por onde o Walking Gallery já passou.

Lingerie Day


Anhangabaú da FelizCidade II

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A partir do meio dia deste sábado, a região do Anhangabaú, no centro de São Paulo, vai receber uma intensa programação cultural e política na segunda edição do Anhangabaú da FelizCidade. Organizações como a Mídia Ninja, importante no cenário das últimas manifestações, e UNE vão participar e nas atrações culturais estão nomes como Vivendo do Ócio, Andréia Dias e Rappin Hood.

Programação

- CONVERSAS INFINITAS

14h às 15h
Copa e o projeto da Fifa de Reforma para o Vale
Reunião aberta com a SMDU. Em pauta o projeto de Reforma do Vale para hospedar a Fifa Fan Fest.
Jeff Anderson - BioUrban / Claudio Prado / Carol Nery - Ok.A Arquitetura / Edu Zal - Bijari

15h às 17h
Debate sobre a Democratização da Mídia e o Oligopólio da Rede Globo
Miguel do Rosário - Barão de Itararé e Blog O Cafézinho / Igor Felippe - MST / Ana Lúcia - UNE / Carla Bueno - Levante Popular da Juventude / Pedro Ekman - Intervozes / NINJA

17h às 19h
Marco Civil da Internet: Neutralidade, Privacidade e Direitos Autorais
Sérgio Amadeu / Claudio Prado / Gustavo Aniteli / Veridiana Alimonti IDEC

19h ás 21h
Assembleia Extraordinária Existe Amor em SP

Palcos 

- PALCO NOTAS REAIS

13h - dj LICK SHOT
13h45 - dj WOJTILA
14h30 - dj DbVz
15h15 - RAGGA PEI
15h45 - show NOTAS REAIS (Walmir Gil e Convidados)
16h30 - dj MZK
17h20 - SP FUNK ( MR. Bomba / Tio Fresh / DJ QAP / Maionese )
17h50- PATHY DEJESUS
18h30 - LANNY GORDIN ( com Gregório Gananian e Operário Ribeiro)
19h15 - Lei di Dai
20h – Hoosky e Rush Hour
20h45 – SNJ participação Rappin Hood.
21h30 - dj PAULAO
22h20 - SANDRÃO (Majestade / rzo)
23h20 - POTENCIAL 3

- PALCO LÂMINA

12h Versão Brasileira
13h DJ Manjuba's Club
14h Murilo Good Grooves
15h DJ Manjuba's Club
16h Mescaline Duo
18h RedPhone
19h Fabiana Faleiros
20h Bombay Groove
21h DJ Denis Diosanto
22h EU, EU, EU
23h DJ Denis Diosanto
00h Churrasco Elétrico

- PALCO LADO LESTE

15hs Batalha da Leste + Augusto Oliveira
17hs Zamba Rap Clube
18hs Douglas Reis
18:45hs Parábola
19:45hs Engrenagem Urbana
20:30hs Exibição do vídeo LOVE CT (Cidade Tiradentes) ‘Nunca desista dos seus sonhos’ e mais entrevistas e vídeo clipes dos artistas locais

- PALCO TSUNAMI

16h Leite Paterno
16h45 Oito e Quarenta
17h30 Mr Lúdico
18h15 Atala Drama Club
19h00 Badtrip Surfdeath
19h45 Sheila Cretina
20h30 Emicaeli
21h15 Caimbra
22h00 Carbônica

- PALCO PEDRA ROSA

14h D J Zala
14h30 Sujeito a Lixo
15h40 Los Tantra(ARG)
16h50 Jair Naves
18h Diego de Moraes
18h40 D J Zala
19h10 Vivendo do Ócio
19h50 Dj Ju Salty
20h20 Andreia Dias
21h Dj Ju Salty
21h30 Anarkia Tropikal (CHI)


- PALCO EXISTE FOGO

15h Ethiopian Highlandhs
16h Zabah Bush
17h David Hubbard
18h Guerreiros de Sião
19h Força da Paz
20h MUTA³MAN
21H Ambulantes
22h Serra Leão

Sounds: High Public + Leggo Violence (amplificando)

- PALCO FUNÇÃO FUNK

DJ Miria Alves
A Matilha
Us Da Rua
Sara Donato
Parça JD
Mabee& Lyne
Tabata Alves
James Ventura
Dory
Cia. Ritmos Family
Marcio Attack Versos
Slim Rimografia
Rinha dos MCs
Erick Jay
Caos do Subúrbio

- PALCO ROCK E MEIO

Theosophy
Star 61
Duckbill
Stone Folk R
Dióxidos
Ocean and I
Thelio
Drugstore Cine Rock
Os Novos

Soundsystem

14h ás 22h
Leggo Violence
High Public

Pista

16h ás 02h

16h DJ Macaco
17h FUNK
17h Dj Indio S.A.V.
18h Dj Marcelo Donny
19h Independência ou Marte
20h30 NIGHT HUNTERS
20h30 Hubert
21h30 Luiz Pareto
22h30 Márcio Vermelho
23h30 Brown Breaks

VJs: Priscilla Cesarino, Danilo Barros, Bruno Nogueira
Performance: Glamour Garcia

Vai lá: Vale do Anhangabaú - Estação de metrô da linha vermelha Anhangabaú

Jazz na Fábrica

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A terceira edição do festival Jazz na Fábrica tem uma grande bandeira: a pluralidade. A partir desta quinta-feira (1º/8), mais de 30 atrações ocuparão o Sesc Pompeia com música boa e, principalmente, diálogo. Somados às referências clássicas do gênero, sons africanos e latino-americanos também devem protagonizar os palcos do evento.

Isso porque os músicos Afrikhanita (Angola), Richard Bona (Camarões) e Álvaro Montenegro (Bolívia) dividem o line up com gigantes como Macy Gray, que divide o palco com o David Murray Infinit Quartet. “A participação de Macy Gray é, por si só, surpreendente em função do contexto: uma estrela vindo como crooner convidada de uma big band e executando um repertório diferente do seu – basicamente de clássicos do jazz – mas que é também a referência mais forte na sua formação musical”, comenta o curador Thiago Freire, que também destaca as apresentações de McCoy Tyner (pianista que já tocou com John Coltrane), Cassandra Wilson, Dr Lonnie Smith e da brasileira Eliane Elias. “A presença deles na programação é considerada por nós uma oferta especialmente importante.”

Além dos shows mais concorridos, que acontecem no teatro e na choperia da unidade, o festival promove eventos descolados dos palcos principais. Serão shows gratuitos no deck da unidade (Jazz ao por do sol) e na rua central (Jazz na rua), com músicos menos conhecidos do grande público – mas não menos excitantes. Daniel Nogueira, do Projeto Coisa Fina e do Bixiga 70, toca ao lado de Denilson Martins (Banda Paralela, Coisa Fina e Orquestra Jovem Tom Jobim) enquanto percorrem a área externa do Sesc Pompeia com clássicos do nosso samba-jazz, composições próprias e improvisações.

O destaque da programação alternativa fica para as apresentações da série Café com Leite, na choperia. “É o nome que damos a uma parte da programação que traz nomes jovens em sua maioria, de Minas Gerais e São Paulo. São músicos de imenso talento, que circulam na noites de Belo Horizonte e de São Paulo e que tem angariado um certo respeito da crítica e dos músicos com carreira mais consolidada”, lembra Thiago, “é uma ótima opção para quem quer conhecer a nova cena do jazz e da música instrumental brasileira e, claro, para quem não conseguir ingressos para os shows mais concorridos”.

Entre tantas atrações, o curador acredita que quem pode surpreender é o franco-libanês Ibrahim Maalouf. “Boa parte do público paulistano talvez não o conheça. Esse cara é um acontecimento atualmente na Europa, sobretudo na França. Muito criativo, transita entre o viés étnico, a ousadia melódica e as diversas roupagens do jazz como o traditional, o funk, e o groove, com elegância e uma técnica invejável ao trompete”, aposta.

A programação completa você encontra no site da instituição, clicando aqui

Vai lá: Jazz na Fábrica – Sesc Pompeia, r. Clélia, 93, Pompeia, São Paulo, SP, (11) 3871-7700. R$ 10 a R$ 50 (teatro); R$ 6 a R$ 30 (choperia) e grátis (demais atrações). De 1º/8 a 1º/9

Como nossos pais

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Para homenagear os pais que têm música no sangue e passaram essa arte para seus filhos, a rádio Eldorado FM, em parceria com o Bourbon Shopping, reuniu fotos de cantores e músicos com seus filhos, também músicos, em exposição especial de Dia dos Pais. “Pais e filhos da música” tem abertura dia 29 de julho e segue até dia 11 de agosto, e é composta pelo acervo pessoal dos próprios artistas, imagens de shows realizados pela rádio e também pequenas biografias contando a história de cada um deles.

Bob Dylan e Jacob Dylan; Caetano Veloso e Moreno Veloso; Bob Marley e Ziggy Marley; Nat King Cole e Natalie Cole; Wilson Simonal, Simoninha e Max de Castro; e Moraes Moreira e Davi Moraes são alguns dos nomes expostos.

Na programação da emissora, parceira da Trip no programa Trip FM, uma série de boletins trará a obra das duas gerações.

Vai lá: Exposição “Pais e filhos da música”
Onde: Piso Pompeia - Bourbon Shopping (Rua Turiassu, 2.100 – Pompeia)
Quando: De 29 de julho a 11 de agosto
De segunda a sábado das 10h às 22h aos domingos das 14h às 20h
Quanto: Gratuito 

Mundo Livre S.A. vs Nação Zumbi

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Divulgação

Nação Zumbi vs Mundo Livre S.A.

Nação Zumbi vs Mundo Livre S.A.

Divulgação

Mundo Livre S.A. vs Nação Zumbi

Mundo Livre S.A. vs Nação Zumbi

Os dois maiores nomes do manguebeat juntos em um único disco cantando, cada um, os sucessos do outro. Essa é a ideia do duelo inédito entre Mundo Livre S.A. e Nação Zumbi. Sucessos como “A Praiera”, “Meu maracatu pesa uma tonelada”, da Nação, e “Bolo de Ameixa”, da Mundo Livre, são algumas das músicas que estão no álbum que vai ser lançado em agosto pela gravadora Deck.

Ao todo, são 7 faixas de cada uma das bandas. A produção da parte da Nação Zumbi foi feita por eles mesmos e gravada no estúdio El Rocha, em São Paulo – com vozes gravadas no Fine Tunning. O repertório do Mundo Livre S.A. foi produzido, gravado e mixado por Leo D, tecladista da banda, no estúdio Mr. Mouse em Pernambuco.

No iTunes a pré-venda está prevista para dia 30 de julho.

Ouça no player abaixo, com exclusividade no site da Trip, duas faixas do disco: "Livre iniciativa" e "A cidade"

O silêncio e a prosa do mundo

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Este ano acontece a sétima edição do ciclo de palestras Mutações, projeto que atua como fórum de conversas sobre as formas de pensamento da sociedade atual. Intitulada “Mutações – O silêncio e a prosa do mundo”, vai acontecer entre agosto e outubro em São Paulo e no Rio de Janeiro. A organização é do jornalista e filósofo Adauto Novaes e as discussões têm como objetivo tratar do conceito da fala e do silêncio. Colocados lado a lado, temos o peso do que consegue expressar as nossas reflexões e paixões e do que, ao ser produzido entre um grande volume de informações, pode ser transgressor.

Com a participação de nomes como Antonio Cicero, David Lapoujade, Eugenio Bucci, José Miguel Wisnik, Marcelo Coelho, entre outros, são 25 palestras e debates com grandes pensadores do Brasil e também estrangeiros. Na capital paulista acontece no Sesc Vila Mariana e no Rio, na Biblioteca Nacional. As inscrições estão abertas e são limitadas, podem ser feitas pelo site ou nas unidades do SESC em São Paulo.

"Os dados impressionam: pesquisadores afirmam que, só nos Estados Unidos, houve um aumento de quase sete trilhões de palavras faladas, a partir da invenção das novas tecnologias. As perguntas são inevitáveis: O que tanto se fala?" diz Adauto Novaes, organizador do evento.

Abaixo, você vê a lista completa com as palestras. Para saber mais sobre cada uma delas, é só acessar o site do evento - www.osilencioeaprosadomundo.com.br

14 de agosto – Rio de Janeiro – 19h
15 de agosto – São Paulo – 19h30
Francis Wolff | O silêncio é a ausência de quê?

19 de Agosto – Rio de Janeiro – 19h
21 de Agosto – São Paulo – 19h30
Pedro Duarte | O silêncio que resta

20 de Agosto – Rio de Janeiro – 19h
22 de Agosto – São Paulo – 19h30
Olgária Matos | A Escola do Silêncio: acídia e contemplação

21 de Agosto – Rio de Janeiro – 19h
23 de Agosto – São Paulo – 19h30
Franklin Leopoldo e Silva | O risco do fracasso

26 de Agosto – Rio de Janeiro – 19h
28 de Agosto – São Paulo – 19h30
Oswaldo Giacóia Jr. | Ignorância e falatório

27 de Agosto – Rio de Janeiro – 19h
29 de Agosto – São Paulo – 19h30
Jean-Pierre Dupuy | Silêncio público e hipocrisia coletiva

28 de Agosto – Rio de Janeiro – 19h
30 de Agosto – São Paulo – 19h30
Marcelo Coelho | Silêncio do torturado, loquacidade do torturador

02 de Setembro – Rio de Janeiro – 19h
04 de Setembro – São Paulo – 19h30
Renato Lessa | Ofensa, verdade, silêncio: sobre a palavra secreta de Hurbinek, filho de Auschwitz

03 de Setembro – Rio de Janeiro – 19h
05 de Setembro – São Paulo – 19h30
Pascal Dibie | O silêncio dos amantes e, mais particularmente, das mulheres

04 de Setembro – Rio de Janeiro – 19h
06 de Setembro – São Paulo – 19h30
Eugênio Bucci | O rumor da mídia

09 de Setembro – Rio de Janeiro – 19h
11 de Setembro – São Paulo – 19h30
Eugène Enriquez | O discurso político

10 de Setembro – Rio de Janeiro – 19h
12 de Setembro – São Paulo – 19h30
Newton Bignotto | As formas do silêncio

11 de Setembro – Rio de Janeiro – 19h
13 de Setembro – São Paulo – 19h30
José Miguel Wisnik | O silêncio e a parada do pensamento

16 de Setembro – Rio de Janeiro – 19h
18 de Setembro – São Paulo – 19h30
Elie During | Fazer silêncio

17 de Setembro – Rio de Janeiro – 19h
19 de Setembro – São Paulo – 19h30
Jorge Coli | A inteligência do silêncio

18 de Setembro – Rio de Janeiro – 19h
20 de Setembro – São Paulo – 19h30
Guilherme Wisnik | O silêncio e a sombra

23 de Setembro – Rio de Janeiro – 19h
25 de Setembro – São Paulo – 19h30
João Carlos Salles | O silêncio e mais que o silêncio

24 de Setembro – Rio de Janeiro – 19h
26 de Setembro – São Paulo – 19h30
David Lapoujade | O inaudível (uma política do silêncio)

25 de Setembro – Rio de Janeiro – 19h
27 de Setembro – São Paulo – 19h30
Romain Graziani | Recursos éticos e motivações políticas do silêncio na China antiga

30 de Setembro – Rio de Janeiro – 19h
02 de Outubro – São Paulo – 19h30
Frédéric Gros | Fazer calar e fazer dizer o sexo

01 de Outubro – Rio de Janeiro – 19h
03 de Outubro – São Paulo – 19h30
Vladimir Safatle | Sublime por atrofia: música, silêncio e a generalização do “estilo tardio”

02 de Outubro – Rio de Janeiro – 19h
04 de Outubro – São Paulo – 19h30
Marcelo Jasmin | Silêncios da história – experiência, acontecimento, narração

07 de Outubro – Rio de Janeiro – 19h
09 de Outubro – São Paulo – 19h30
Luiz Alberto Oliveira | O silêncio de antes

08 de Outubro –terça-feira – Rio de Janeiro – 19h
10 de Outubro – quinta-feira – São Paulo – 19h30
Antonio Cicero | A poesia entre o silêncio e a prosa do mundo

09 de Outubro –quarta-feira – Rio de Janeiro – 19h
11 de Outubro – sexta-feira – São Paulo – 19h30
Francisco Bosco | Sair do mundo

Vai lá: Mutações – O silêncio e a prosa do mundo
São Paulo: SESC Vila Mariana
Onde: Rua Pelotas, 141 - São Paulo
www.sescsp.org.br – (11) 5080-3077 - mutacoes@vilamariana.sescsp.org.br
Quanto: de 2 a 4 reais por palestra

Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional
Onde: Espaço Cultural Eliseu Visconti – Auditório Machado de Assis
Rua México, s/nº (Acesso pelo jardim, esquina com Pedro Lessa)
Informações e inscrições: na Mediateca da Maison de France (Av. Presidente Antonio Carlos, 58 / 11 andar) 
Quanto: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia-entrada) – o ciclo inteiro

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